Page 28 - JBO-199 (OUT-NOV-DEZ)

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia 28
Um Outro Olhar
Entrevista: Thiago Uberreich
A Copa do Mundo de 2022 chegou! O campeonato, tão aguardado pelos
brasileiros, traz consigo a tradição e as lembranças de momentos históri-
cos. O JBO conversou com um dos pesquisadores sobre o tema no Brasil,
o jornalista e escritor Thiago Uberreich. Confira!
O paulista Thiago Uberreich transformou a paixão pelo futebol
e pelas Copas do Mundo na consolidação de um amplo e rico
acervo, o que lhe rendeu a publicação de alguns livros sobre o
tema. Em 2018, lançou “Biografia das Copas, o maior espetáculo
da terra no rádio, na TV e nos jornais”. Este livro recebeu, em
2022, uma segunda edição atualizada e mais interativa, inclusive
com QR Codes, para que o leitor possa ouvir as narrações de
rádio das partidas. Em 2020, Thiago publicou “1970 o Brasil é
tri, a conquista que eternizou a seleção brasileira”. Agora, em
dezembro, lançará “A trilogia do tricampeonato”, que traz, além
de sua publicação sobre a Copa de 70, mais dois livros inéditos,
que abordam a vitória de 1958 e 1962.
Nascido em 1976, Thiago Uberreich, além de escritor, é também
jornalista. Iniciou a carreira, em 1996, na Rádio Eldorado AM 700
kHz, passando pelas funções de redação, edição, reportagem e
apresentação. Em 2005, ingressou na Jovem Pan, onde realizou
inúmeras coberturas e atuou como setorista no Palácio dos Ban-
deirantes. Desde março de 2016, apresenta o Jornal da Manhã
da mesma emissora.
Nº 199 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2022
Em 2010, Thiago venceu o Prêmio Embratel, na categoria Re-
portagem Esportiva, com a série “Histórias das Copas”. Confira
abaixo a entrevista completa!
JBO: Como surgiu a paixão e o seu interesse por escrever
livros focados na Copa do Mundo?
R.: A paixão surgiu quando eu tinha 13 anos, um pouco antes
do Mundial de 1990. Eu comecei a ler bastante sobre as Copas
e acompanhar documentários que passavam na televisão. Eram
tempos em que não havia internet ou TV a cabo. Os anos foram
passando, eu virei jornalista e acabei não seguindo a cobertura
diária de esportes. Mas eu continuei fazendo muita coisa sobre
as Copas até que surgiu a oportunidade de lançar meu primeiro
livro, em 2018 (Biografia das Copas; ed. Onze Cultural). Depois,
em 2020, lancei um livro específico sobre a Copa de 1970 (1970
– o Brasil é tri; ed. Letras do Pensamento). Agora, vou lançar mais
dois: um sobre 1958 e outro sobre 1962.
JBO: Quanto tempo demorou para produzir “Biografia das
Copas”? Como foi esse trabalho de pesquisa e de reunião de
todo esse material? Qual o principal desafio em se produzir
um livro como este?
R.:O Biografia das Copas surgiu a partir de um blog que eu mon-
tei em 2016, sobre as transmissões esportivas das Copas. O Mau-
ro Beting, que trabalha comigo na Jovem Pan, gostou da pes-
quisa e me indicou para a Onze Cultural. Foram quase dois anos
de muita pesquisa. A Copa do Mundo não é um evento isolado.
Além do futebol, gosto de falar do clima político da época, da
sociedade e como foram feitas as transmissões de cada Copa.
JBO: Na sua visão, o que faz da Copa do Mundo o “maior
espetáculo da terra”?
R.: Nenhum outro evento esportivo é capaz de reunir tanta gente
na frente da televisão. Movimenta bilhões em dinheiro e faz os
países literalmente pararem tudo para assistir aos jogos. Ficamos
ansiosos esperando a competição chegar. E, claro, tudo isso por
causa do futebol, o esporte mais popular do planeta. Mesmo
quem não entende nada de futebol ou não acompanha diaria-
mente estará na frente da televisão.
JBO: Como jornalista e autor de livros sobre as Copas do
Mundo, que olhar você busca despertar no leitor?
R.: O objetivo das minhas pesquisas é fazer com que o leitor
tenha ativada a memória afetiva. A Copa mexe com as nossas