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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia              13            Nº 211 - Outubro/Novembro/Dezembro - 2025









      de risco para DR. Outros exemplos menos frequentes       A classificação de Avila et al. (1984), de acordo com o
      são  a  Paving  Stone,  buracos  atróficos,  degeneração   exame de autofluorescência (AF) define-se: M0, polo
      em Snail-track e alterações pigmentares. Importante      posterior de aparência normal; M1, palidez coroidal e
      acrescentar que a maioria desses achados periféricos     fundus tesselatus; M2, palidez coroideana e fundus tes-
      se encontra nos quadrantes temporais, principalmente     salatus associados a estafiloma de polo posterior; M3,
      no quadrante temporal superior. A profilaxia com foto-   palidez coroideana e fundus tessalatus associados a es-
      coagulação pode ser indicada em casos sintomáticos       tafiloma de polo posterior e lacquer cracks; M4, palidez
      ou com história familiar de descolamento.                coroideana e fundus tessalatus associados a estafiloma
                                                               de polo posterior e lacquer cracks com áreas focais de
                                                               atrofia coroidal; M5, polo posterior com extensas áreas
                                                               geográficas de atrofia profunda da coroide, com escle-
                                                               ra exposta (“bare sclera”).



















                                                               Maculopatia miópica, em paciente alto míope, com crescente mió-
                                                               pica (acervo pessoal).
      Degeneração Lattice com laser em barragem temporal superior
      (acervo pessoal).
                                                               Outras alterações maculares que devem ser lembradas
                                                               são a foveosquise, buraco macular e descolamento
                                                               macular  miópico,  associados  à  tração  vítreo-macular
                                                               e  presença  de  membranas  epirretinianas,  estafiloma
                                                               posterior – protrusão localizada do polo posterior, que
                                                               distorce o contorno ocular e favorece atrofia progressi-
                                                               va –, e a maculopatia em cúpula (Dome Shapped-Ma-
                                                               cula - DSM).











      Descolamento de retina regmatogênico com macula-off, por rotura
      temporal superior, em paciente alto míope (acervo pessoal).



      3.2 Alterações maculares                                 Retinografia de grande angular demonstrando estafiloma posterior
      O polo posterior apresenta um espectro de alterações     associado a áreas de laser periférico para barragem de roturas reti-
      denominado maculopatia miópica.                          nianas (acervo pessoal).
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